Qualquer processo revolucionário é antes uma prova de amor. É um manifesto do homem ao homem e não um arremedo de idéias científicas contrárias a moral imposta. Obviamente, contestamos, contestemos e contestaremos os princípios da moral religiosa, social. Mas, o faremos baseados em sonhos revoltosos( sonhos jamais saberão ser reacionários), baseados nesse princípio básico do homem sonho, esse que ...ainda vê um mundo melhor, que ainda chora a fome, que ainda chora a guerra.
Acredito que a dureza, a frialdade, a crualdade do contato com a arma na busca de um mundo mais justo, só é válida se for antecedida pelo contato com a pena( com a mulher amada quiçá), só pode se atrever a entender o real sentido de revolução, quem entender antes o que é a paixão, e o valor desse amor de humanidade.
Entendamos antes os nossos processos, e não nos apeguemos a ideais de virtude pertencentes a outros, muito embora possamos( e devamos) ter mentores intelectuais, para que sejam nossos guias e não nos deixem esquecer da realidade emprestada ao sonho, temos de ter uma opinião pensada e completa, sem subterfúgios de outros ideais impostos( que embora se pareçam conosco, ainda são puramente imposição).
Imponhamos, pois o amor, esse sentimento que move os poetas, e que deveria mover cada homem nos caminhos que seus passos constroem( ou deveriam construir). Imponhamos-nos o sonho, esse ser alado, vivo de estar vivo, respirado a cada anoitecer estrelado, vivamos, e deixemos de existir, apenas existir, qualquer sentido de revolta, nasce antes do âmago de cada ser, não podemos imergir no sonho, temos,ao contrário, que deixá-lo emergir, cada dentro do seu sonho, tornando o sonho coletivo, uma possibilidade real de mudança.
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